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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso (Portugal) (2/2)

Caros leitores,

Atualmente, participo de um projeto de mobilidade acadêmica em Portugal. Atuo como Professor Visitante no Instituto Politécnico de Bragança, no Norte do país.


Desde 2016, desenvolvo um projeto de pesquisa intitulado “Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos” (SIGESTur) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Cubatão). Assim, tenho buscado meios para aproximar ambas as realidades.


Compartilho a seguir uma síntese da proposta de implementação do SIGESTur na regão do Alto Tâmega e Barroso. O texto é fruto de reflexões iniciais e um olhar panorâmico sobre a sociedade, o mercado como um todo e, mais precisamente, o desenvolvimento turístico nesta área de abrangência.

Aproximação do SIGESTur com outros projetos regionais

A implementação do SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso representa uma oportunidade estratégica para alavancar o potencial turístico local e promover o desenvolvimento sustentável de seus territórios. Esta região, rica em patrimônios naturais, históricos e culturais, insere-se em um contexto de baixa densidade populacional que, embora desafiante, oferece um espaço fértil para a inovação e o fortalecimento de práticas de gestão colaborativas.


Com base nas diretrizes do projeto, o SIGESTur tem o potencial de se tornar um catalisador para a capacitação dos operadores turísticos, o desenvolvimento de novos produtos e serviços, e o incremento da competitividade regional.


Um dos aspectos centrais do SIGESTur é a sua capacidade de integrar os diversos stakeholders da região, promovendo a cooperação entre os operadores turísticos, entidades públicas e privadas, e as comunidades locais. O turismo, enquanto setor estratégico para o Alto Tâmega e Barroso, exige uma abordagem coordenada que valorize os recursos endógenos, como a gastronomia, os vinhos, as paisagens naturais e os patrimônios culturais únicos de cidades como Chaves, Montalegre e Boticas.


O SIGESTur pode oferecer uma plataforma estruturada para que esses atores compartilhem informações, planejem iniciativas conjuntas e otimizem recursos, fomentando o desenvolvimento de um turismo mais inteligente e sustentável.


A região do Alto Tâmega possui um forte apelo rural e cultural que deve ser explorado de forma responsável, assegurando que o crescimento turístico beneficie diretamente as populações locais. Por meio do SIGESTur, será possível monitorar os impactos ambientais, sociais e econômicos das atividades turísticas, implementando ações corretivas quando necessário e garantindo que o turismo seja um vetor de desenvolvimento equilibrado.


O SIGESTur pode, também, desempenhar um papel vital no estímulo à inovação e à criação de novos produtos turísticos que valorizem os recursos locais. A gastronomia regional, como o vinho dos mortos de Boticas, o presunto de Chaves ou o cozido à barrosã, pode ser integrada a experiências autênticas que conectem o visitante à identidade do território.


Da mesma forma, o turismo de aventura e natureza, impulsionado por atrações como o Pena Aventura Park em Ribeira de Pena ou o Parque Nacional da Peneda-Gerês, pode ser potencializado com a criação de roteiros temáticos e a adoção de tecnologias inovadoras, como aplicativos para trilhas ou realidade aumentada. Essa diversificação de produtos ajudará a atrair diferentes perfis de turistas e prolongar a estadia média na região, aumentando o impacto econômico do setor.


A realização de um grande Fórum internacional, conforme previsto no projeto, será uma oportunidade ímpar para posicionar o Alto Tâmega e Barroso como referência em turismo sustentável e inovador. Esse evento poderá reunir especialistas, investidores e operadores turísticos, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas.


O SIGESTur poderá desempenhar um papel central na organização do Fórum, utilizando os resultados já alcançados para demonstrar as potencialidades da região e atrair novos parceiros e investimentos. Além disso, o evento poderá servir como um palco para divulgar os produtos e serviços desenvolvidos pelos operadores locais, ampliando sua visibilidade no mercado global.


Ao priorizar recursos endógenos e estimular a criação de redes colaborativas, o SIGESTur promoverá um crescimento inclusivo e sustentável, alinhado aos objetivos de coesão territorial e combate à desertificação. O foco no fortalecimento das Pequenas e Médias Empresas (PME) será fundamental para aumentar a competitividade regional e gerar valor econômico e social.


A operação proposta, alinhada com o Aviso NORTE-28-2018-04, tem como objetivo principal a valorização do Alto Tâmega enquanto destino turístico, utilizando seus recursos endógenos diferenciadores como pilares para consolidar uma oferta competitiva, integrada e sustentável.


O SIGESTur, enquanto ferramenta estratégica para a gestão turística, tem total capacidade de contribuir para o sucesso dessa iniciativa, sendo um motor essencial para a estruturação, promoção e monitorização do turismo na região. Com base nos objetivos e ações descritos, é possível argumentar que a implementação do SIGESTur será um passo determinante para potencializar os resultados da operação e assegurar a continuidade e eficácia do trabalho realizado.


A primeira ação, voltada para a elaboração do Plano Estratégico de Turismo do Alto Tâmega, exige uma análise aprofundada dos recursos endógenos da região, bem como a identificação e hierarquização de produtos turísticos. Nesse sentido, o SIGESTur pode fornecer as ferramentas necessárias para mapear e categorizar o potencial turístico local, integrando informações sobre recursos naturais, culturais e históricos em uma base de dados digital acessível a gestores e operadores turísticos.


Por meio de sua plataforma de gestão, o SIGESTur facilitaria a priorização de produtos turísticos de maior relevância e competitividade, como os ligados ao termalismo em Chaves, o turismo de natureza no Parque Nacional da Peneda-Gerês ou o turismo gastronômico associado aos vinhos e pratos regionais. Além disso, a capacidade analítica do SIGESTur pode apoiar a definição de diretrizes estratégicas, identificando tendências de mercado e ajustando o plano às necessidades dos públicos-alvo.


A segunda ação, que contempla a elaboração da Estratégia de Comunicação e Place Branding, beneficia-se diretamente das funcionalidades do SIGESTur, especialmente na organização de dados e na segmentação de mercados. A criação de uma marca territorial forte exige uma narrativa coerente que destaque a autenticidade e singularidade do Alto Tâmega, e o SIGESTur pode servir como base para consolidar essa identidade.


Com um levantamento detalhado e sistemático de dados e informações, o SIGESTur auxilia na definição de canais de comunicação eficazes e no desenvolvimento de campanhas direcionadas, assegurando que as mensagens cheguem ao público certo. Além disso, a integração de dados sobre preferências dos turistas e avaliações de experiências permite ajustar as estratégias de branding em tempo real, garantindo maior impacto e retorno sobre o investimento.


A terceira ação, voltada para o desenvolvimento de ferramentas e conteúdos promocionais, pode ser substancialmente aprimorada com o suporte do SIGESTur. A criação de materiais promocionais, como vídeos, fotografias e guias interativos, pode ser orientada por dados gerados pelo sistema, garantindo que esses conteúdos reflitam os produtos turísticos mais procurados e com maior potencial de mercado.


Destaca-se que o SIGESTur pode atuar como um repositório centralizado para esses materiais, facilitando o acesso por operadores turísticos e entidades públicas e promovendo uma divulgação integrada e coordenada do território. A criação de roteiros digitais, aplicativos interativos e mapas temáticos são apenas algumas das possibilidades que o SIGESTur pode viabilizar, alinhando-se à crescente digitalização do turismo e às expectativas de turistas conectados.


Na quarta ação, que abrange as iniciativas de promoção e divulgação, o SIGESTur se destaca como um aliado indispensável para planejar e executar eventos, campanhas e participações em feiras nacionais e internacionais. A plataforma pode fornecer insights valiosos sobre os mercados-alvo prioritários, ajudando a selecionar os eventos mais relevantes e adequados para a promoção do Alto Tâmega. Além disso, o SIGESTur pode ser usado para monitorar o impacto dessas ações, medindo indicadores de desempenho, como alcance de campanhas, número de visitantes atraídos e retorno financeiro gerado. Essa capacidade de mensuração permite ajustar continuamente as estratégias de promoção, maximizando os resultados e garantindo que os recursos sejam investidos de forma eficiente.


Um dos grandes diferenciais do SIGESTur em relação à metodologia apresentada na operação é a sua capacidade de garantir a continuidade e sustentabilidade das ações desenvolvidas. Embora as quatro ações descritas sejam módulos independentes, a implementação do SIGESTur cria uma estrutura integrada e permanente que facilita a execução das ações a longo prazo.


A centralização de informações, a automação de processos e a capacidade de gerar relatórios detalhados fazem do SIGESTur uma ferramenta que transcende a fase inicial do projeto, assegurando que os benefícios se prolonguem e se adaptem às mudanças do mercado e das prioridades regionais.


Outro ponto crucial é a contribuição do SIGESTur para o fortalecimento da governança turística na região. A operação proposta exige a articulação entre diversos stakeholders, como municípios, empresas privadas e associações locais, o que demanda uma estrutura de gestão eficiente.


O SIGESTur pode atuar como uma plataforma colaborativa, permitindo que todos os atores envolvidos no turismo do Alto Tâmega trabalhem de forma integrada, compartilhem informações e alinhem suas iniciativas. Essa abordagem colaborativa é essencial para evitar esforços duplicados, otimizar recursos e garantir que o turismo seja um vetor de desenvolvimento equitativo e sustentável para toda a região.


Em conclusão, o SIGESTur é uma ferramenta fundamental para o sucesso da operação de valorização do Alto Tâmega enquanto destino turístico. Sua capacidade de integrar informações, otimizar processos e promover a colaboração entre stakeholders posiciona-o como um recurso indispensável para alcançar os objetivos estratégicos delineados.


A implementação do Observatório do Alto Tâmega e Barroso, através da Infraestrutura de Dados Espaciais do Alto Tâmega (IDE-AT), configura-se como um marco estratégico para a gestão integrada do território e uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável do turismo regional.


A IDE-AT, ao oferecer uma plataforma de partilha e gestão de informações em rede, é uma iniciativa fundamental para a modernização da governança regional, fomentando a colaboração entre diferentes atores e otimizando a utilização dos recursos endógenos do território. Nesse contexto, o SIGESTur, enquanto sistema de gestão turística, tem o potencial de atuar em sinergia com o Observatório, ampliando significativamente os impactos positivos do projeto.


O principal objetivo do Observatório é criar uma base de dados aberta e interoperável que atenda às necessidades de uma ampla gama de utilizadores, incluindo municípios, empresas, associações e o público em geral. Essa visão de gestão baseada em dados é perfeitamente alinhada com o propósito do SIGESTur, que utiliza informações detalhadas para planejar, monitorizar e promover o turismo de forma inteligente.


A integração do SIGESTur na IDE-AT permitirá agregar dados específicos sobre o turismo regional, como fluxos de visitantes, preferências de consumo, ocupação de alojamentos e avaliações de serviços, enriquecendo ainda mais a infraestrutura e fornecendo subsídios para decisões mais assertivas.


A política de dados abertos e a interoperabilidade da IDE-AT, baseada na Diretiva INSPIRE e nos padrões OGC, representa um avanço significativo para o turismo do Alto Tâmega e Barroso. Esses princípios facilitam o acesso a dados e a integração de sistemas, permitindo que o SIGESTur opere de forma mais eficiente e colaborativa. Outro ponto de destaque é o potencial do Observatório em promover a inovação e a competitividade regional.


A capacidade do SIGESTur de medir indicadores de desempenho, como pegada ecológica, impactos sociais e retorno econômico, será ampliada pela infraestrutura do Observatório, que fornecerá informações integradas de diferentes áreas do território.


A flexibilidade da IDE-AT, que se adapta às necessidades de diferentes utilizadores, também reforça a sua complementaridade com o SIGESTur. Enquanto o Observatório oferece uma visão ampla e integrada sobre o território, o SIGESTur pode atuar como uma ferramenta específica para o setor do turismo, extraindo e processando os dados relevantes para a promoção, planeamento e gestão de atividades turísticas. Essa complementaridade permite que ambos os sistemas se retroalimentem, otimizando os resultados e garantindo que as decisões sejam tomadas com base em informações precisas e atualizadas.


Em termos de benefícios práticos para os munícipes, a integração do SIGESTur ao Observatório também se traduz em maior transparência e participação cidadã. A política de dados abertos da IDE-AT permitirá que a população acesse informações sobre o turismo local, fortalecendo a confiança nas políticas públicas e estimulando a colaboração. O SIGESTur pode disponibilizar dados sobre eventos, atrações e serviços turísticos diretamente aos cidadãos, promovendo uma maior interação entre os residentes e o setor turístico.


Por fim, o Observatório do Alto Tâmega e Barroso, por meio da IDE-AT, cria as condições necessárias para a implementação de um modelo de gestão turística mais inovador, sustentável e inclusivo. Ao integrar-se ao SIGESTur, essa iniciativa ganha ainda mais relevância, ampliando seu impacto e criando um ecossistema de dados que beneficia gestores, empresas e comunidades.


A sinergia entre essas ferramentas assegurará que o turismo na região seja promovido de forma inteligente, equilibrando a valorização dos recursos locais com o crescimento econômico e a preservação ambiental.


Um forte abraço!


Sucesso sempre,


Aristides Faria

SIGESTur na região do Alto Tâmega e Barroso (Portugal) (1/2)

Caros leitores,

Atualmente, participo de um projeto de mobilidade acadêmica em Portugal. Atuo como Professor Visitante no Instituto Politécnico de Bragança, no Norte do país.


Desde 2016, desenvolvo um projeto de pesquisa intitulado “Sistema Integrado de Gestão de Destinos Turísticos” (SIGESTur) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Cubatão). Assim, tenho buscado meios para aproximar ambas as realidades.


Compartilho a seguir uma síntese da proposta de implementação do SIGESTur na regão do Alto Tâmega e Barroso. O texto é fruto de reflexões iniciais e um olhar panorâmico sobre a sociedade, o mercado como um todo e, mais precisamente, o desenvolvimento turístico nesta área de abrangência.


Apresentação


A implementação do SIGESTur na região do Alto Tâmega apresenta-se como um recurso estratégico crucial para o sucesso da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial, maximizando o impacto das ações planejadas e garantindo a eficiência na gestão de recursos.


O SIGESTur, ao integrar informações e processos relacionados ao turismo, pode transformar desafios em oportunidades, alinhando-se aos objetivos de dinamização econômica, sustentabilidade e coesão territorial estabelecidos pela estratégia.


Um dos eixos fundamentais da estratégia é a dinamização da base econômica local, com foco na valorização dos recursos endógenos. O SIGESTur, ao atuar como uma plataforma integrada de gestão turística, pode agregar informações sobre produtos locais, como vinhos, azeites e artesanatos, conectando produtores e operadores turísticos para criar experiências temáticas e roteiros que atraiam visitantes. Além disso, a centralização de informações turísticas em uma plataforma acessível permite às empresas locais ajustarem seus serviços às preferências do público-alvo, identificando tendências e antecipando demandas.


A sustentabilidade é outro pilar da estratégia territorial e o SIGESTur pode ser uma ferramenta essencial para garantir que o desenvolvimento do turismo respeite os recursos naturais e culturais do Alto Tâmega. Por meio do monitoramento de indicadores ambientais e sociais, o SIGESTur pode auxiliar na gestão de áreas protegidas, como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, e promover práticas de turismo responsável.


A estratégia de desenvolvimento busca reforçar a integração e a identidade regional e o SIGESTur pode desempenhar um papel central na promoção do Alto Tâmega como um destino singular e autêntico. Através da coleta e organização de dados culturais, históricos e naturais, o sistema pode ajudar a criar uma narrativa coerente e envolvente para o turismo regional.


Essa narrativa pode ser usada para desenvolver campanhas de marketing territorial e place branding, valorizando a herança cultural da região e diferenciando-a de outros destinos. Além disso, o SIGESTur facilita a coordenação de eventos culturais e festividades locais, maximizando a visibilidade dessas iniciativas e atraindo um público diversificado. A criação de calendários integrados e interativos, acessíveis a residentes e turistas, reforça a identidade do Alto Tâmega como uma região vibrante e acolhedora.


Outro eixo prioritário da estratégia é a coesão territorial e inclusão social, áreas onde o SIGESTur pode ter um impacto significativo. Ao centralizar dados sobre turismo e conectividade, o sistema pode identificar áreas com menor desenvolvimento turístico e auxiliar na criação de políticas específicas para integrá-las às dinâmicas regionais.


A plataforma também pode ser usada para promover a participação das comunidades locais na cadeia de valor do turismo, fortalecendo o sentimento de pertencimento e gerando oportunidades de emprego e empreendedorismo. Ao dar visibilidade aos pequenos negócios e produtos regionais, o SIGESTur contribui para a redução de desigualdades e para a resiliência socioeconômica do território.


A gestão integrada de dados e processos promovida pelo SIGESTur fortalece a governança regional, proporcionando uma base sólida para a tomada de decisões informadas. A plataforma facilita a articulação entre os diferentes municípios, promovendo a cooperação intermunicipal e otimizando recursos financeiros e humanos.


O protótipo do Sistema já oferece ferramentas para monitoramento contínuo das ações implementadas, permitindo avaliar o progresso em relação aos objetivos estratégicos e ajustar políticas conforme necessário. Indicadores de desempenho, como fluxo de visitantes, impactos ambientais e retorno econômico, são fundamentais para medir a eficácia das iniciativas e garantir sua sustentabilidade.


A implementação do SIGESTur no contexto da Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial do Alto Tâmega é um investimento estratégico que pode amplificar significativamente os resultados esperados. Ao promover a integração de dados, a inovação na gestão turística e o fortalecimento da identidade regional, o SIGESTur torna-se uma peça-chave para o desenvolvimento inteligente, sustentável e inclusivo da região.


Sobre o destino


A região do Alto Tâmega e Barroso, constituída pelos municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar abrange uma área de aproximadamente 2.922 km² e registra ao todo, de acordo com os dados dos Censos 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE), uma população residente de 84.248 habitantes, correspondendo sensivelmente a 2,4% da população da região Norte de Portugal.


Tal território constitui uma das vinte e três Comunidades Intermunicipais (CIM) nacionais, fazendo fronteira com outras quatro CIM – Cávado, Ave, Douro e Terras de Trás-os-Montes – e a Norte com Espanha, o que coloca a região numa posição privilegiada tendo em vista possibilidades de promoção de relações transfronteiriças, em especial com Orense.


A atividade agrícola e a agroindústria detêm um papel de grande relevo no panorama económico deste território de baixa densidade. Os recursos endógenos de destacada qualidade constituem-se como um dos fatores de diferenciação destes municípios, sendo de destacar os produtos endógenos de qualidade reconhecida, muitos dos quais com garantia de Denominação de Origem Protegida (DOP) e de Indicação Geográfica Protegida (IGP), entre os quais se destacam a carne, o mel, o azeite, a castanha, a batata, o folar, os produtos de fumeiro e os enchidos, entre outros.


A atividade turística constitui-se como outra das apostas estratégicas do Alto Tâmega e Barroso, fundada numa oferta de turismo termal e de turismo em espaço rural (TER) que complementa a beleza natural da região, contextualizada por grandes áreas de interesse natural e que lhe conferem um enquadramento privilegiado em termos de biodiversidade e de riqueza paisagística.


Municípios componentes da região


Boticas  


Boticas destaca-se pela sua tradição na produção de vinho dos mortos, uma prática secular única, em que as garrafas são enterradas para maturação. O Parque Arqueológico do Vale do Terva e o Centro de Interpretação do Parque Nacional da Peneda-Gerês oferecem aos visitantes experiências que combinam natureza e história. A tranquilidade da paisagem rural, os rios cristalinos e as festas populares, como a Romaria de São Sebastião, tornam Boticas um destino autêntico e acolhedor.


Chaves  


Chaves é famosa pelas suas termas romanas, um legado da época imperial que ainda atrai visitantes para tratamentos relaxantes. O Castelo de Chaves, com a Torre de Menagem, e a Ponte de Trajano, que atravessa o rio Tâmega, são marcos históricos de grande relevância. A gastronomia local, especialmente o presunto de Chaves e o pastel com o mesmo nome, é um ponto alto para os amantes da boa comida e da tradição.


Montalegre  


Montalegre é sinônimo de mistério e história, conhecida pelas suas tradicionais Sextas-Feiras 13, eventos que celebram lendas e superstições. O Castelo de Montalegre, com vistas impressionantes sobre a paisagem montanhosa, é um dos seus maiores atrativos. A proximidade ao Parque Nacional da Peneda-Gerês convida os visitantes a explorar trilhos, lagoas e biodiversidade única. A cozinha barrosã, com destaque para o famoso cozido à barrosã, reforça a identidade local.


Ribeira de Pena  


Ribeira de Pena encanta pelos seus cenários naturais e pela oportunidade de aventura no Pena Aventura Park, onde atividades como tirolesa e rafting são destaques. O artesanato em linho, um legado cultural preservado por gerações, reflete o cuidado com as tradições. As paisagens da Serra do Alvão e os moinhos antigos ao longo dos rios completam o encanto de um destino perfeito para ecoturismo.


Valpaços  


Valpaços é um destino marcado pelo cultivo de azeite, vinho e castanhas de alta qualidade, símbolos da sua economia agrícola. A Rota do Azeite e do Vinho guia os visitantes por quintas tradicionais e vinhedos encantadores. Além disso, as ruínas romanas e as festas locais, como a Feira da Castanha, oferecem uma rica experiência cultural. Valpaços é ideal para os que buscam tranquilidade em contato com a autenticidade rural.


Vila Pouca de Aguiar  


Vila Pouca de Aguiar, conhecida pela exploração de granito, oferece paisagens marcadas por serras e aldeias típicas. O Complexo Mineiro Romano de Tresminas é um dos principais pontos de interesse histórico, revelando o passado mineiro da região. A Barragem da Falperra proporciona um ambiente relaxante para atividades ao ar livre, enquanto a gastronomia, com pratos como o cabrito assado, conquista o paladar de quem visita esta charmosa cidade.


Continua na parte 2...


Um forte abraço!


Sucesso sempre,


Aristides Faria

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Gestão de Eventos Corporativos e seus Impactos Organizacionais

Caros leitores,

Compartilho mais um teste de conteúdo elaborado com recurso ao ChatGPT.

Boa leitura!

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Aristides Faria, apresentado em 2012 como requisito parcial do MBA em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de Santos (foto), explora a gestão de eventos corporativos e seus impactos organizacionais. Intitulado "Gestão de Eventos Corporativos e seus Impactos Organizacionais: O caso do Seminário de Hospitalidade do Litoral Paulista", o estudo se concentra no planejamento, execução e resultados do evento realizado em Guarujá, São Paulo, em abril de 2012.

Este resumo aborda os principais objetivos, metodologia e resultados do estudo, bem como suas implicações para a prática da hospitalidade corporativa.

Objetivo da Pesquisa

O principal objetivo foi analisar o processo de gestão do Seminário de Hospitalidade do Litoral Paulista enquanto estratégia empresarial para fomentar relacionamentos corporativos, discutir tendências do setor de serviços e gerar impacto positivo no mercado regional.

O estudo buscou:

  • Compreender a aplicação prática das melhores práticas de gestão de projetos no setor de serviços.
  • Analisar os impactos organizacionais da promoção de eventos como ferramenta de comunicação corporativa.
  • Identificar o perfil do público-alvo participante do seminário.

Metodologia

A pesquisa adotou métodos qualitativos e quantitativos, com base em:

  1. Pesquisa bibliográfica e documental: Revisão de literatura especializada em hospitalidade, gestão de eventos e comunicação corporativa, além de dados secundários.
  2. Questionários estruturados: Aplicados no momento da inscrição, os questionários coletaram dados sobre o perfil dos participantes, incluindo ocupação e interesses profissionais.
  3. Análise de comunicações: Avaliação do uso de ferramentas digitais e estratégias de marketing para promover o evento e captar participantes.

Resultados

Os resultados demonstraram que o evento alcançou seu público-alvo de forma eficaz, reunindo profissionais relevantes do setor de serviços da Baixada Santista.

Entre os inscritos, destacam-se:

  • 30% de profissionais em nível de diretoria.
  • 44% de gerentes de nível médio.
  • 22% de estudantes e profissionais autônomos.
  • Apenas 4% de profissionais operacionais.

Esses dados revelam o sucesso da estratégia de comunicação e marketing na atração de participantes alinhados aos objetivos do evento.

O estudo também identificou os seguintes benefícios organizacionais:

  • Fortalecimento de marca: A promoção do evento posicionou a empresa organizadora como referência em hospitalidade e gestão de pessoas.
  • Desenvolvimento de redes: O seminário propiciou a troca de experiências e o estabelecimento de contatos estratégicos.
  • Impacto no setor de serviços: Ao reunir líderes regionais, o evento contribuiu para discussões relevantes sobre as melhores práticas de gestão.

Considerações Finais

O estudo concluiu que eventos corporativos, como o Seminário de Hospitalidade do Litoral Paulista, podem ser ferramentas eficazes para alinhar estratégias de comunicação, fortalecer marcas e fomentar relacionamentos no ambiente empresarial. No entanto, enfatiza-se a necessidade de planejamento cuidadoso, execução consistente e avaliação contínua para maximizar o retorno sobre o investimento.

Este caso ressalta a importância da hospitalidade no contexto corporativo, evidenciando como a gestão de eventos pode impulsionar setores econômicos regionais. Além disso, o trabalho destaca o papel estratégico das tecnologias de comunicação na promoção e na execução de eventos, especialmente em setores como o turismo e a hospitalidade, onde a intangibilidade dos serviços exige processos comunicativos claros e direcionados.

O estudo de caso do Seminário de Hospitalidade do Litoral Paulista reafirma a relevância dos eventos corporativos como estratégias de fortalecimento organizacional e de impacto no mercado. Essa pesquisa oferece subsídios valiosos para gestores de eventos e profissionais do setor de serviços, servindo como modelo de boas práticas para futuros empreendimentos na área.

Gestão de Recursos Humanos em Empresas Turísticas

Caros leitores,

Compartilho mais um teste de conteúdo gerado com recurso ao ChatGPT!

Boa leitura!

O Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em 2003 por Aristides Faria Lopes dos Santos, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Federal de Santa Catarina, aborda a gestão de recursos humanos em empresas do setor turístico.

O estudo, intitulado “Gestão de Recursos Humanos em Empresas Turísticas: O Caso da Auto Viação Catarinense Ltda.”, investigou como a empresa percebe e atende às necessidades de turistas, além de propor melhorias no atendimento ao público.

Objetivo do Estudo

O objetivo central foi verificar se a Auto Viação Catarinense identifica o turista como um cliente com demandas peculiares e se está preparada para atendê-lo adequadamente.

A pesquisa também buscou:

  • Investigar a preparação e o treinamento dos funcionários de atendimento ao público.
  • Identificar deficiências no atendimento ao turista.
  • Propor melhorias para a capacitação dos colaboradores e para o serviço prestado.

Metodologia

A pesquisa foi qualitativa e descritiva, centrada em um estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados aos auxiliares de vendas e entrevistas informais. Adicionalmente, realizou-se uma revisão bibliográfica para embasar teoricamente as análises.

As informações coletadas foram interpretadas utilizando a técnica de análise de conteúdo.

Resultados

Os resultados mostraram que, embora a Auto Viação Catarinense tenha uma estrutura organizacional consolidada e uma frota moderna, o atendimento ao público apresentava lacunas significativas.

Entre os principais achados, destacam-se:

Deficiências Identificadas:

  • Falta de treinamento específico para atender turistas, principalmente estrangeiros.
  • Ausência de materiais informativos, como mapas e folhetos turísticos.
  • Carência de domínio de idiomas estrangeiros pelos funcionários.

Percepção dos Colaboradores:

  • 96,6% dos auxiliares de vendas afirmaram gostar de trabalhar com o público, indicando predisposição para melhorar.
  • Muitos reconhecem que o bom atendimento impacta diretamente nos resultados financeiros da empresa.
  • No entanto, 45,8% relataram falta de suporte e orientação de seus superiores imediatos.

Reclamações Relevantes:

  • Reclamações frequentes relacionadas ao atendimento em agências, destacando falta de informações precisas e demora no atendimento.

Propostas de Melhoria

Com base nos dados coletados, foram elaboradas as seguintes propostas para a Auto Viação Catarinense:

Capacitação e Treinamento:

  • Oferta de cursos básicos de inglês e espanhol para colaboradores que lidam diretamente com turistas.
  • Realização de programas regulares de treinamento focados no atendimento ao público.

Informações Turísticas:

  • Desenvolvimento de materiais como mapas, folhetos e guias turísticos, disponíveis tanto em formato físico quanto digital.
  • Criação de um banco de dados online acessível aos funcionários e clientes, contendo informações sobre os destinos atendidos.

Valorização da Cultura Local:

  • Promoção de parcerias com órgãos de turismo e patrocínio de eventos culturais nas regiões atendidas.

Melhorias na Comunicação Interna:

  • Implementação de programas que incentivem o diálogo entre supervisores e colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais colaborativo.

Considerações Finais

O estudo concluiu que a Auto Viação Catarinense reconhece a importância dos turistas como segmento de mercado, mas ainda carece de uma abordagem estratégica para atender adequadamente suas necessidades.

A pesquisa destacou a necessidade de investir no desenvolvimento humano dos colaboradores, alinhando suas competências às exigências do setor turístico. Além disso, o trabalho enfatizou que melhorias no atendimento ao público não apenas aumentam a satisfação do cliente, mas também fortalecem a imagem da empresa no mercado. Por fim, o estudo serve como um modelo para outras organizações que buscam aprimorar sua gestão de recursos humanos no setor de transportes turísticos.

Esta pesquisa reafirma a importância da gestão de pessoas como um pilar essencial para a excelência no turismo, oferecendo insights valiosos para o setor e contribuindo para a qualificação profissional e o desenvolvimento organizacional.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Relatos de experiências

Caros leitores,

As últimas postagens foram feitas com o apoio do ChatGPT. Trata-se de uma ferramenta que tenho adotado para desenvolver o protótipo do app SIGESTur.

É interessante notar que as informações são realmente oriundas de atividades profissionais que desenvolvi no passado, mas muitos dos detalhes da cidades, empresas ou projetos foram proporcionados por "robô".

Espero que gostem da experiência!

Um forte abraço!

Sucesso sempre,

Aristides Faria

Relato de experiência: Agenda Pública

Caros leitores,

O texto a seguir trata-se de relato de experiência elaborado com apoio do ChatGPT, que é uma ferramenta que tenho adotado para desenvolver o protótipo do app SIGESTur.

Minha Experiência como Mentor no Projeto Juventude e Trabalho - Escola Cidade Sustentável

Entre os projetos que marcaram minha trajetória, destaco minha atuação como mentor no Juventude e Trabalho - Escola Cidade Sustentável, uma iniciativa desenvolvida pela Agenda Pública com patrocínio do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e apoio de prefeituras da Baixada Santista. Este projeto teve como foco a qualificação e a atualização profissional de jovens entre 18 e 29 anos, muitos deles em situação de vulnerabilidade social. Além disso, promoveu o fortalecimento de redes de sociabilidade profissional e o diálogo sobre políticas públicas voltadas à juventude.

O trabalho como mentor neste projeto foi uma oportunidade única de contribuir para a capacitação de jovens e, ao mesmo tempo, fomentar discussões sobre emprego, renda e as questões mais amplas que impactam a juventude na região.

Durante minha participação, pude colaborar diretamente no desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais, essenciais para a inserção no mercado de trabalho.

As atividades de mentoria foram realizadas em cidades como Santos, Cubatão e Guarujá, abrangendo uma diversidade de contextos sociais e econômicos. Este aspecto tornou o projeto ainda mais desafiador e enriquecedor, exigindo uma abordagem personalizada para atender às necessidades de cada grupo.

Minha atuação envolveu a condução de oficinas, palestras e discussões que integravam teoria e prática. Um dos pontos centrais do meu trabalho foi capacitar os jovens em temas como hospitalidade, turismo sustentável e desenvolvimento profissional.

Com base na minha experiência no setor, procurei oferecer uma perspectiva prática, mostrando como as competências adquiridas poderiam ser aplicadas em diferentes contextos profissionais.

Além da formação técnica, trabalhei para inspirar os jovens a reconhecerem seu potencial e acreditarem em suas capacidades de transformar suas realidades.

Essa abordagem foi complementada por atividades que incentivavam a construção de redes de contato e a troca de experiências entre os participantes, ampliando suas oportunidades de inserção no mercado.

O projeto também abriu espaço para o diálogo entre os jovens, o poder público e atores sociais. Esse aspecto foi fundamental para destacar a importância de políticas públicas que promovam a inclusão social e a geração de emprego e renda para a juventude.

Minha experiência como mentor permitiu-me atuar como um mediador dessas discussões, contribuindo para a construção de soluções colaborativas.

Participar do Juventude e Trabalho - Escola Cidade Sustentável foi um aprendizado constante. Pude testemunhar o impacto positivo do projeto na vida dos jovens e na construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável.

Esta experiência reforçou minha crença no poder transformador da educação e na importância de iniciativas que conectem qualificação profissional, diálogo social e desenvolvimento humano.

Um forte abraço!

Sucesso sempre,

Aristides Faria

Observatório do Turismo & Economia do Mar

Observatório do Turismo & Economia do Mar
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